terça-feira, maio 31, 2005

Nosso dia-a-dia provençal (ai, ai...)

Como as fotos são muuuuuitas (passei horas e horas organizando), decidi separá-las por dia e publicá-las diariamente.

Ainda com cara e roupa de moradora de Londres
(direto do aeroporto), a primeira delícia da Provence: as
cerejas colhidas no pé!
Mais fotos do primeiro dia, aquiPosted by Hello
|

domingo, maio 29, 2005

Crazy Frog amado e odiado


A ding ding ding ding dididing ding bing bing pscht,
Dorhrm bom bom bedom bem bom bedom bom bum ba ba bom bom,
Bouuuuum bom bom bedahm, Bom be barbedarm bedabedabedabeda
Bbrrrrrimm bbrrrrramm bbbrrrrrrrrraammmmm ddddddraammm,
Bah bah baah baah ba wheeeeeee-eeeee-eeeee!

Essa é a letra da "música" mais irritante da Grã-Bretanha. Não sei esse som de um sapinho imitando uma motoca já chegou ao Brasil. O tal Crazy Frog, que pode ser baixado da internet para o celular, é tão irritante, mas tão irritante que acabou ganhando a simpatia de muita gente.
Numa matéria publicada em janeiro, a BBC revela o nome, o rosto e a voz do grande culpado por essa mania que tomou o Reino Unido. Nesse audio, o sueco Daniel Malmedahl, agora com 24 anos, repete a imitação que fez de uma motoca de amigo há sete anos e que circulou por muito tempo na internet batizada de Insanity Test. Há dois anos, o som ganhou a cara do Crazy Frog (nessa época ainda identificado como "The Annoying Thing"), numa animação feita por Erik Wernquist, amigo de Daniel. No ano passado, os dois foram contactados pela Jamster, companhia britânica de programinhas para celular, que agora ganha rios de dinheiro com o sapinho.
O Crazy Frog já tem até verbete na Wikipedia e é vendido pela Jamster também nas versões "Remix", "Crazy DJ" e "The Crazy Frog Goes To Mexiko". O site Bloggerheads conta detalhadamente a história da evolução do Crazy Frog.
|

sexta-feira, maio 27, 2005

Chegou!!

Finalmente! Na capital da Inglaterra, o termômetro marca 30 graus, senhoras e senhores! Acabei de voltar do meu banho de sol na Russell Square. Com direito a canga e tudo! U-hu!
|

Isso é sério mesmo?

Fiquei uma semana sem ler notícias sobre o Brasil e estou aqui meio chocada com essa discussão nonsense sobre se o governo Lula é um peru bêbado no Carnaval ou no Natal. Abaixo, um trecho do artigo publicado pelo Sarney hoje na Folha:
Afinal, um peru bêbado no Carnaval está no espírito da coisa, para brincar e divertir-se. Depois veio a correção: "Não é no Carnaval, é no Natal".
A emenda é que prejudica o soneto. Peru bêbado no Natal não é para divertir-se, mas para preparar-se para morrer, girando num círculo imaginário em que se diz que "melhora sua carne para a ceia". Ora, governo "peru de Natal" é destinado à faca, vai morrer e termina na barriga. No Maranhão, vai mais longe: as suas ossadas são, no dia seguinte, aproveitadas num ensopado com repolho e vinagreira que se chama Garibaldi, é gostoso danado e combina com a ressaca.


Gente, isso é sério mesmo??

Enquanto isso, um pouco mais abaixo da linha do Equador, o governo de esquerda argentino mostra a que veio e anuncia um aumento do controle de capitais estrangeiros, que deverão agora permanecer pelo menos um ano no país. "Diferentemente da Argentina, o Brasil não impõe condições para o ingresso de capital estrangeiro no país. Os recursos investidos por aqui num dia podem ser enviados de volta ao exterior no dia seguinte", lembrou bem a Folha.
Essa medida foi anuciada no mesmo dia em que os jornais publicam uma avaliação do Institute of International Finance prevendo a queda de investimento em países emergentes. Já podemos imaginar que riscos o Brasil corre, não?


Esse lugar existe e fica no meio da Provence. Chama-se Lac de Saint Croix. Todas as fotos da viagem, no início da semana que vem, quando já vou estar com as feitas pela máquina da Iracema Posted by Hello
|

quarta-feira, maio 25, 2005

De volta ao mundo real

Parece que foi um sonho! E acabou hoje de manhã com um: "Bom, vou deixar vocês ali na porta do aeroporto e nada de despedidas". Na mesma hora, já botei os meus óculos escuros. Como se elas já não conhecessem a amiga chorona que têm. As três, cada uma do seu jeito, agiram rápido para evitar a despedida triste. Deu tempo de virar o rosto antes de cair a primeira lagriminha. Ufa!
Estou agora me divertindo e organizando as fotos que provam que esses sete dias na casa da Rê em Merindol foram mesmo realidade.
Cavaillon, Avignon, Arles, Lourmarin, Roussillon, Lacoste, Châteauneuf du Pape, Saint Remy, Les Baux de Provence, Cassis, Aix en Provence, Valensole, Moustiers Sainte Marie, Lac de Sainte Croix... E todas as conversas, comidas, abraços e ataques de risada...
Por enquanto, essa fotinho do nosso primeiro café da manhã. Com o pão da padaria deles e os morangos orgânicos da Provence. As demais (centenas de) fotos virão organizadinhas em breve.

Iracema, Renata e eu no primeiro café da manhã. Já muitas saudades das conversas e gargalhadas nessa varanda com vista para os campos da Provence! Posted by Hello
|

domingo, maio 22, 2005

Sem conexao com o resto do mundo

Estamos levando uma vidinha muito mais ou menos esses dias... Acabamos de recolher os pratos e talheres da varanda da casa, de vista para os campos da Provence. Omelete com trufas da regiao, salada maravilhosa com um molho perfeito, vinho Gigondas e cerejas de sobremesa... Amanha vamos visitar um domaine chateauneuf-du-pape, de uma amiga deles, que jah esta avisada que "a Julia tem varias perguntas para fazer". Daqui a alguns dias, depois da volta a Londres, mais detalhes sobre essa vida dura.
Esse post foi mesmo para dizer que o Uol resolveu ficar tao preguicoso quanto eu esses dias e que nao tenho conseguido acessar os emails... Mas tudo estah "supeee'r"!
|

terça-feira, maio 17, 2005

Para a Provence!

Hoje de madrugada eu e a Iracema partimos para o sul da França para visitar a Renata! Grande encontro do "grupinho" dos tempos da ECO/UFRJ, no Rio. Vai ficar faltando a Fê, que está do outro lado do Atlântico mas também estará (em espírito) passeando pelos campos de lavanda durante esses próximos sete dias. Aqui vamos nooooos!
Salut!
|

segunda-feira, maio 16, 2005

Nova mania

Na semana passada, depois da libertação dos estudos, descobri a minha nova mania. Agora ando uma chata, falando sempre "ouvi num programa na BBC que..." Mas realmente é muuuuuito legal!
Ouvir Radio 4 é um programa muito britânico e pode ser feito de qualquer lugar do mundo! Na verdade, gosto muito mais da minha conexão via internet do que a via rádio mesmo.
Todo mundo já havia me falado dos documentário da BBC Radio 4, mas, sempre que ligava o rádio, dava o azar de estarem transmitindo umas breguíssimas radionovelas.
Só que por esse link pode-se acessar toda a programação antiga. O site é atualizadíssimo e você ainda pode dar um fast-forward se não estiver gostando daquela parte do noticiário, documentário ou entrevista.
Hoje o destaque é para o especial "A Tale Teller for our Times", que a Radio 4 preparou pelos 200 anos de nascimento de Hans Christian Andersen. No programa de hoje, eles dissecam "A Pequena Sereia". Sensacional.

Foto meio fora de foco, mas TEM que estar documentada. Esse é "o grupo do segundo andar da biblioteca". Rob, eu, Francisco (dormindo, como fazia depois do almoço, só que em cima dos livros) e a Néli. Antes dos exams, todos estudando sentados no lugar de sempre. Every single day! Posted by Hello
|

domingo, maio 15, 2005

Proper beef!!!

Devo aos argentinos do Gaucho Grill, em Piccadilly, a minha inesquecível experiência de ontem. Depois de oito meses sem sentir nem o cheiro, devorei ontem um bife de chorizo (é a nossa picanha, não?)!! Cara, emoção sem tamanho!
Saímos de lá quase rolando e - parece que para tentar me redimir - finalmente comprei roupas para começar a ginástica. O fim de semana de "orgia gastronômica", como diz a Rosa, continuou com direito a tudo o que mais engorda. Mas prometo, prometo, prometo que a ginástica começa assim que eu voltar da Provence, na outra quarta!
Ah! Ontem também foi dia de St. James's Park e do Churchill Museum, o complexo subterrâneo de onde o premier comandou suas tropas na Segunda Guerra Mundial. Superaula de história.
Hoje fez um sol ma-ra-vi-lho-so. Nesses dias vem sempre a brincadeira. "Pô! Mó sol! Vamos à praia?".
|

sexta-feira, maio 13, 2005

Beirute-Hoxton

Almoço com a Marcela no Beirut Express, na Edgware Road. Um sanduíche meio wrap, meio beirute com kafta, homus tahine, verdinhos e iogurte. Sen-sa-cio-nal! À noite, vinhozinho e comidas mexicanas com Dri, Tati e Rosa no bar/galeria Macondo, na charmosa Hoxton Square. Dois pra não esquecer e voltar!


Protesto contra a venda de casacos de pele
na frente da Selfridge. Oxford St. Posted by Hello
|

quinta-feira, maio 12, 2005

Acaboooou, acabou!


Claudia, Olivia e eu. Cerveja da alforria Posted by Hello

Quando o relógio marcou 13h ontem, só me vinha uma coisa à cabeça. O Galvão Bueno gritando com aquela voz esganiçada "Acabou, acaboooou", quando o Brasil ganhou a Copa. Por sorte, o Léo estava atrás de mim e pude virar pra trás e reproduzir aquilo baixinho. Os elegantes velhinhos que supervisionam as provas de terno e gravata (eles são voluntários da Universidade de Londres) ainda recolhiam os cadernos de resposta.
Como uma boa brasileira e (ainda por cima pisciana), fiquei com os olhos cheios de lágrima ao escrever a última frase da última resposta da última prova. Emocionada mesmo pela conclusão (ainda parcial) de um período em que aprendi taaaanto. Contei isso para os amigos europeus e eles caíram na gargalhada. Mas é sério, é sério. Mó emoção. Tava muito nervosa com a prova de economia porque definitivamente esse foi o curso que mais gostei e queria poder responder à altura de tudo o que aprendi. Não pela nota (que é claro que é importante!), mas por mim mesmo. Como se isso representasse um encerramento com chave de ouro. Correu tudo maravilhosamente bem. :D
Os abraços de como quem tivesse chegado ao topo do Himalaia foram ontem generalizados. Últimas provas de todos. Antes do churrasco na casa do Tim, uma parada para um café na Russell Square e outra para uma cerveja num pub perto da Trafalgar.
As fotos da nossa marcha pela liberdade e do churrasco estão aqui.

Há alguns minutos, tava aqui lendo os jornais na internet e a moça da limpeza bateu na minha porta para esvaziar a lata de lixo. Uma cena que para mim se repetia todos os dias antes da loucura de estudo para as provas (período durante o qual me mandava para biblioteca bem cedo). Ela abriu a porta, sorriu e disse:
- Oi! Como vai você? Há quanto tempo!
Estou de volta! Para a vida de nem-tão-CDF-assim!
|

quarta-feira, maio 11, 2005

Faltam seis horas!

Depois do dia todo na bilioteca, teve uma hora ontem que eu não conseguia levantar o braço para virar a página do livro. O cansaço era tanto que eu tava pensando em passar roupa rapidinho para descansar. Quando você pensa que passar roupa é uma atividade relaxante o que é que pode vir depois na sua cabeça??
Mas daqui a seis horas, às 13h daqui, será assinada a Lei Áurea! Da tarde de hoje até o fim de agosto, é só pensar na dissertação. No assunto no qual eu tenho vontade de trabalhar há pelo menos dois anos.
Já vi o momento de glória duas vezes na minha frente, mas não pude comemorar: colegas que tiveram as provas concentradas nos primeiros dias vão "buscar" os que ainda estão em prova para o almoço. Do lado de fora daquelas salas formais da Senate House, os que acabaram de sair da última prova se abraçam como se tivessem chegado ao pico do Himalaia. Hoje é a minha vez!!!
|

segunda-feira, maio 09, 2005

O pior é que é sério

Diálogo publicado hoje na Folha.

Folha - Quem é Amanda Rodrigues Caetano Demarchi, que trabalhou com o sr. no gabinete?
Aldo Demarchi - Amanda? Caetano? Demarchi? Você tem certeza que trabalhou comigo? Amanda... Não conheço, não sei quem é.

Folha - Amanda não é mulher do seu filho, Dermeval?
Demarchi - Do Dermeval? Não, não [rindo], ele não é casado.

Folha - Ele não é casado?
Demarchi - Não. Por quê?

Folha - O sr. nomeou a Amanda para trabalhar em seu gabinete entre julho e dezembro de 2004.
Demarchi - Ah... Me dá um minuto e já te ligo. [Cinco minutos depois]. Olha, ela é a mulher do meu filho.

Folha - E o sr. não sabia?
Demarchi - Claro que eu sei, mas quando você perguntou, prestei atenção no sobrenome dela, Caetano, não no nome.

Folha - Ela foi contratada sem o sobrenome Demarchi. Por quê?
Demarchi - Ah, foi? Mas não foi nada proposital. Ela entrou no lugar do meu filho. Ele foi ajudar a mãe dele na campanha em Rio Claro. Depois que a eleição terminou, ele voltou para a Assembléia.

Folha - E nesse período a Amanda trabalhou?
Demarchi - Trabalhou, lógico que trabalhou, trabalhou muito.


Ai, ai... Sem comentários...

Hoje é a prova de Society and Development! Tô mais calma. Mas sonhei que tinha chegado atrasada e tinha respondido uma das questões de uma maneira nada a ver! Mas tô mais calma. Juro...
|

sábado, maio 07, 2005

O cineasta e o faxineiro


O ano de 1973 contado de baixo pra cima Posted by Hello

O sábado é todo dedicado a revisar desigualdade de renda para a prova de economia na próxima quarta. Fiz a maluquice de fugir por duas horas e correr para o cinema. Sessão cedo, mais barata para estudantes e a literalmente dois minutos a pé da minha casa. Para ver a situação em que me encontro: "fazer maluquice" é passar duas horas no cinema num sábado à tarde! :D
Machuca é a história dos últimos dias de Allende e do primeiro de Pinochet contada de baixo para cima. Vista pelas crianças de 1973. Diretor de um elegante colégio de Santiago, um padre americano de idéias progressistas convida meninos da favela próxima para estudarem lá. Assim, Gonzalo Infante e Pedro Machuca se conhecem e a história dos últimos dias do breve período socialista é contada através dos olhinhos dos dois.
- Seu amigo? Pois o seu amigo daqui a cinco anos vai estar entrando na universidade. E você vai trabalhar lavando banheiros! Cinco anos mais tarde, ele vai começar a trabalhar na empresa do papai dele e você ainda vai estar lavando banheiros. Cinco anos depois, ele vai ser dono da empresa do papai. E você? Você ainda vai estar lavando banheiros.
Essa é a cena em que o pai do Pedro, um bêbado desesperançado, faz a gente engolir a seco. O filme é inspirado na própria experiência do diretor Andrés Wood, que em 1973 tinha 8 anos e estudava num colégio americano em Santiago. Wood é festejadíssimo e o seu brilhante filme mostra um lado da história que não se conhecia. Voltei pra casa com um nó na garganta e pensando nos Pedros e Pedras Machucas que conheci na infância. É muito provável que eles estejam lavando banheiro.
|

quinta-feira, maio 05, 2005

Tuuuudo certo

Acordei cedo mas nem dei aquela olhada final nas anotações. Cerca de 1000 páginas de readings (capitulos e artigos acadêmicos) resumidos a uma folha de papel. Eram os tais cinco pontos de cada um dos assuntos que estudei. Através deles, a gente vai conectando as idéias, sugeriram os professores nas revision classes.
Esquemão vestibular, com cartão de inscrição e caneta no bolso ao sair de casa. Antes de entrarmos na sala, os que já tinham feito alguma prova me diziam que eu estava calma demais pra quem tava estreando hoje. Um esquema com as filas e as cadeiras desenhadas antecipava onde você ia encontrar a sua mesa.
A supresa maior foi ver o meu nome inteiro (tamanho absurdo para os padrões ingleses) escrito sem nenhuma troca de letra e com o apóstrofe no lugar. Quando um dos surpevisores (um daqueles velhinhos ingleses fofos) começou a ler as instruções e as regras do jogo com aquela voz imponente, a cinco minutos do início da prova, uma mistura de satisfação e desespero:
- Meu Deus! Enganei todo mundo! Não sei nada pra estar aqui!
Mas correu tuuuuudo bem! As rezas, velas, pensamentos positivos deram supercerto! Deu pra responder tudo o que eu queria e sobrou uns 20 minutos para reler.
Na volta para o instituto (pq a prova foi dada na sede administrativa da University of London), o encontro com a Maxine, coordenadora de Globalisation and Latin American Development (a matéria da prova de hoje) e minha orientadora. Não deu pra disfarçar a minha felicidade. Ela quis saber de todos da turma e disse que ficou muito feliz em saber que tudo correu bem.
Agora é esperar o resultado. E estudar muuuito para segunda (Society and Development) e quarta (Economics of Latin America). Ainda não tá nem na metade. Mas já deu pra matar a curiosidade de saber como é o esquema! Mais aliviada. Bem mais. Valeu muuuuito pela torcida, galeraaa!

Eu e Mariano numa foto tirada pelo Victor. Num dos muitos dias de castigo na biblioteca. Onde todo mundo passou a sentar no mesmo lugar e, quem ficava numa sala, ao chegar, passava na outra pra dar bom dia! Posted by Hello
|

quarta-feira, maio 04, 2005

Chegou a hora!

Acordei com uma dor na coluna estranha que nunca tinha tido antes. Deve ter alguma relação com o que vou fazer amanhã das 10h às 13h daqui (ou 6h às 9h do Brasil).
Como as semanas de provas são as mesmas para todo mundo que estuda na cidade e a região que eu moro e estudo é cercada de universidades e residências de estudantes, só há um assunto. "Como está a revisão?" "Que tamanho devem ter as respostas?" "Quantos tópicos você está estudando para cada uma das provas?"
Dúvidas de última hora são tiradas com os professores por email. Hoje recebi a resposta menos de uma hora depois de ter enviado uma pergunta. Com a explicação, veio um confortante "I am SURE everything will be fine tomorrow". Tomara.
Wish me luck!
|

The animal is catching!

Freaking out week totaaaal! Alguns dos amigões já fizeram a primeira das três provas. Hoje, de 10h às 13h só ficava mandando boas vibrações pro Mariano. Rezando pra que ele ficasse calmo e conseguisse escrever ordenadamente tudo o que sabia. Eu sabia que ele sabia muito. "Como você rezou se não sabe rezar???", me perguntou, depois de levar um esporro por não ter dado notícias imediatamente depois da prova de hoje. "Não dava pra ter avisado pelo menos que tava vivo?!?!".
As questões de "Comparative Politics" foram tranquilas, segundo ele. Me mostrou a prova (que podia levar para casa). Estava com um sorriso sereno no rosto.
Entre os que ainda não fizeram a primeira, a apreensão é total.
Saindo da biblioteca para tomar um café hoje, mais uma impressão sobre a prova. "As questões foram fáceis. Mas, por favor, não quero falar sobre isso. Não fui bem e não quero chorar mais."
A Lola, a amiga inglesa que gosta de expressões brasileiras estava junto. Mandou: "Esses dias estão pesados". "O bicho tá pegando", respondi. "Ele já me pegou. E já me deu uma mordida", respondeu ela, em português.
Freaking out! Freaking out! :D
Pra acalmar, casa da Tati! Vinhozinho, comidinhas e amigas. Nada melhor.
|

domingo, maio 01, 2005

"Tão perto, tão longe"

A coluna do Ombudsman da Folha é como antidepressivo para os jornalistas que se sentem tão desiludidos com a profissão (como é o meu caso). A gente vê que tem gente séria pensando coisa importante e publicando num lugar que muita gente vê.
Entre os grandes jornais brasileiros, a Folha tem sem dúvida a melhor cobertura de América Latina. E, mesmo assim, para o Beraba ainda está pouco. Esse artigo abaixo resume em sete parágrafos tudo o que venho pensando nesses anos de estudo e trabalho ligado a temas latino-americanos.
Conversando com repórteres de jornais de outros países da região, você vê como eles estão integrados e bem informados sobre tudo o que acontece abaixo do Rio Bravo. A Revista Gatopardo, sobre a qual eu nunca tinha ouvido falar antes um papo com jornalistas na Colômbia, é um dos principais exemplos disso. Uma revista de cultura e comportamento publicada com matérias assinadas de vários países e publicada na Argentina, no Chile, na Colômbia, na Venezuela, no Equador, na Costa Rica, no Panamá, no Peru, no Uruguai, no México, nos Estados Unidos.
É triste o isolamento da imprensa brasileira. E o motivo está longe de ser só o idioma.

OMBUDSMAN

Tão perto, tão longe
MARCELO BERABA

A política externa do governo Lula tem dado uma importância à América Latina a qual os jornais brasileiros não estavam acostumados. Nossas atenções estiveram sempre voltadas para a Europa e para os Estados Unidos e quase nunca para os vizinhos.
O périplo da secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, pelo Brasil, pelo Chile e pela Colômbia, os enfrentamentos entre a Venezuela de Hugo Chávez e os Estados Unidos de George Bush e a destituição do presidente do Equador, Lúcio Gutiérrez, deram, nos últimos dias, um destaque inusitado para os problemas da região. Mas essa atenção não deve durar.
Vejo problemas estruturais na cobertura, todos antigos.
Primeiro, a irregularidade. Como o tema não é prioritário, as coberturas não têm continuidade. Elas surgem praticamente do nada e desaparecem sem explicação. O jornal não tem um acompanhamento contínuo dos países da região e por isso é surpreendido pelas crises. E o leitor não consegue entender porque aquele assunto, que nem existia, de repente virou o tema mais importante do jornal.
A crise do Equador vem de longe, mas a causa imediata da queda do presidente foi a dissolução da Suprema Corte na sexta, dia 15. O fato não mereceu mais do que uma pequena nota na Folha de sábado. O jornal dá destaque para a crise no domingo ("Equador mergulha em nova crise política"), mas na segunda ela já tinha virado novamente uma nota pequena. O assunto volta na terça e desaparece na quarta. Na quinta, dia 21, é a manchete do jornal: "Presidente do Equador é destituído".
Nesta semana, tivemos outro exemplo. Na terça, na quarta e na quinta o jornal deu, acertadamente, grande visibilidade à visita de Rice ao Brasil e aos assuntos latino-americanos correlatos, como a crise no Equador e a relação tensa entre a Venezuela e os Estados Unidos. Na sexta, a cobertura foi pífia.
O jornal deixou de noticiar informações relevantes como a visita de Rice à Colômbia, o fracasso da intervenção bilionária dos EUA na repressão à produção de drogas em território colombiano e o encontro de Chávez e Fidel Castro em Cuba.
Os outros problemas são decorrência da cobertura descontínua. Como o assunto não é prioritário, o jornal não consegue manter um corpo de jornalistas especializados e as coberturas são improvisadas.
A Folha tem hoje apenas um jornalista na região, a bolsista sediada em Buenos Aires. Essa escassez de correspondentes reflete o pouco interesse na América Latina e a falta de investimentos do jornal. Decorrência natural dessa situação é a total dependência em relação às agências internacionais, que também priorizam os EUA e a Europa, bem como a lentidão para perceber a gravidade dos fatos. A Folha, por exemplo, demorou a deslocar uma repórter para Quito.
O Haiti é um problema diferente. A imprensa brasileira viveu um surto de orgulho patriótico quando o governo enviou tropas para aquele país. Todos os sinais, agora, indicam que a intervenção se torna um problema sério para o Brasil. A revista "IstoÉ" já fez uma reportagem a respeito, a Folha também, mas nenhuma deu a dimensão que o assunto exige. Faltam os investimentos e o entusiasmo jornalísticos que marcaram a cobertura do embarque das tropas.

Meu Deus! Vi aqui do lado agora! Rio e Londres com a mesma temperatura: 19 graus. Aí você lembra que o verão está chegando, o tempo tá passando e começa a pensar que daqui a pouco é hora de empacotar tudo e voltar. Tristeza e felicidade na mesma dose. É muito estranho.
|

Um pra um

Estudos empíricos comprovam: para cada pint no pub, uma paçoquinha ao voltar pra casa!

Só quem não tem sabe como faz falta.
Depois do mate da Tati, a paçoquinha
do Ricardo! Cara, paçoquinha inesperada.
Pa-ço-qui-nha! :-D Posted by Hello
|
Site Meter Powered by Blogger Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com Tire todas as suas dúvidas sobre blogs.